segunda-feira, 28 de maio de 2007

Loucos de Lisboa

Telhados de Lisboa - Maluda


Parava no café quando eu lá estava
Na voz tinha o talento dos pedintes
Entre um cigarro e outro lá cravava a bica
Ao melhor dos seus ouvintes

As mãos e o olhar da mesma cor
Cinzenta como a roupa que trazia
Num gesto que podia ser de amor sorria
E ao partir agradecia

São os loucos de Lisboa
Que nos fazem duvidar
Que a Terra gira ao contrário
E os rios nascem no mar

Um dia numa sala do quarteto
Passou um filme lá do hospital
Onde o esquecido filmado no gueto entrava
Como artista principal

Compramos a entrada p'ra sessão
Pra ver tal personagem no écrã
O rosto maltratado era a razão de ele
Não aparecer pela manhã

Mudamos muita vez de calendário
Como o café mudou de freguesia
Deixamos de tributo a quem lá
Pára um louco
A fazer-lhe companhia

E sempre a mesma voz o mesmo olhar
De quem não mede os dias que vagueiam
Sentado la continua a cravar beijinhos
Às meninas que passeiam.




Lisboa é assim uma cidade magnifica cheia de brilho!! Acima de tudo respiram-se sensações diferentes de qualquer outro sitio... e quando o Porto escreve assim para Lisboa resulta nisto... musicas que falam por si!!!!
Contigo muito aprendi, muito chorei, muito ri... dás-me as tuas gotas desse grande rio que me confortam, dás me todos os dias uma surpresa nova, uma alegria... Uma vida!!!


O teu cheiro... As tuas pessoas... Tudo o que me deste, faz parte de mim...



Uma mensagem... "para lá do espelho"...



Agapi*


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