domingo, 4 de maio de 2008


My Blueberry Nights


Entro na sala de cinema...como se estivesse sozinha (não me peçam para explicar sequer o porquê disso...), o filme era algo que esperava ver à alguns dias...expectativas? Há sempre algumas...


O filme passa, como em qualquer outro ecrã de cinema, sinto que me identifico com tudo e com nada, quero poder dizer que passei por aquilo, mas quem sou eu??? Quero dizer que partimos e chegamos sempre ao mesmo ponto... mas penso (o que mais faço na vida...)e vejo que isso só se enquadra a algumas pessoas...


Poderia falar do filme, talvez fosse até o mais significativo, mas prefiro falar do que aprendi...


Constatei várias coisas...talvez o mais importante para referir num blog, que não sei ao certo quantas pessoas leêm, é que cada um de nós é realmente único... e que no fundo, voltamos sempre ao nosso ponto de partida, seja ele qual for, e sejam lá quais forem as mudanças por que passámos...


Há um passado e um presente... o futuro? Esse virá um dia, através do presente que construímos dia após dia... Não adianta forçar o que não está no destino...


Assisto ao filme, aprendo lições de vida, que indirectamente já sei... saio da sala e ouço os comentários...e aí sim entra a parte assustadora... não falam das mensagens transmitidas em cada cena, em cada vivência, em cada respiração dos actores...limitam-se a elogiá-los por serem conhecidos (uauuu, uma delas é a cantora.....), que tinham por obrigação fazer um bom filme...obrigação???


Recomendo o filme...não pelos actores, não pela história, não pela banda sonora...mas simplesmente por algo que sempre regeu a minha vida... as entrelinhas do que é dito... as mensagens subjacentes, que quando se entra numa sala de cinema, deixa de se ler, apenas por estar a ver o que o ecrã nos mostra...



3 de Maio de 2008



Papillio




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