sexta-feira, 23 de maio de 2008


Hoje calha-te a "ti" fazeres parte do meu blog!


Achei que te podia copiar "a ideia"... já conhecia o texto, e foi giro voltar a encontra-lo!! Pareceu-me algo interessante para fazer parte deste espaço!


Aqui vai:



"Quero fazer o elogio do amor puro. Parece-me que ja ninguem se apaixona de verdade. Ja ninguem quer viver um amor impossivel. Ja ninguem aceita amar sem uma razao. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questao de pratica. Porque da jeito. Porque sao colegas e estao ali mesmo ao lado. Porque se dao bem e nao se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque e mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calcas e das contas da lavandaria. Hoje em dia as pessoas fazem contratos pre-nupciais, discutem tudo de antemao, fazem planos e a minima merdinha entram logo em "dialogo". O amor passou a ser passivel de ser combinado. Os amantes tornaram-se socios. Reunem-se, discutem problemas, tomam decisoes. O amor transformou-se numa variante psico-socio-bio-ecologica de camaradagem. A paixao, que devia ser desmedida, e na medida do possivel. O amor tornou-se uma questao pratica. O resultado e que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas. Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estupido, do amor doente, do unico amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensoes, farto de conveniencias de servico. Nunca vi namorados tao embrutecidos, tao cobardes e tao comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, sao uma raca de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "ta tudo bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcancadores de compromissos, bananoides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas. Ja ninguem se apaixona? Ja ninguem aceita a paixao pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilibrio, o medo, o custo, o amor, a doenca que e como um cancro a comer-nos o coracao e que nos canta no peito ao mesmo tempo? O amor e uma coisa, a vida e outra. O amor nao e para ser uma ajudinha. Nao e para ser o alivio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "da la um jeitinho sentimental". Odeio esta mania contemporanea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, ja nao se ve romance, gritaria, maluquice, facada, abracos, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor e amor. E essa beleza. E esse perigo. O nosso amor nao e para nos compreender, nao e para nos ajudar, nao e para nos fazer felizes. Tanto pode como nao pode. Tanto faz. E uma questao de azar. O nosso amor nao e para nos amar, para nos levar de repente ao ceu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto. O amor e uma coisa, a vida e outra. A vida as vezes mata o amor. A "vidinha" e uma convivencia assassina. O amor puro nao e um meio, nao e um fim, nao e um principio, nao e um destino. O amor puro e uma condicao. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor nao se percebe. Nao da para perceber. O amor e um estado de quem se sente. O amor e a nossa alma. E a nossa alma a desatar. A desatar a correr atras do que nao sabe, nao apanha, nao larga, nao compreende. O amor e uma verdade. E por isso que a ilusao e necessaria. A ilusao e bonita, nao faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor e uma coisa, a vida e outra. A realidade pode matar, o amor e mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coracao apanha-se para sempre. Ama-se alguem. Por muito longe, por muito dificil, por muito desesperadamente. O coracao guarda o que se nos escapa das maos. E durante o dia e durante a vida, quando nao esta la quem se ama, nao e ela que nos acompanha - e o nosso amor, o amor que se lhe tem. Nao e para perceber. E sinal de amor puro nao se perceber, amar e nao se ter, querer e nao guardar a esperanca, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Nao se pode ceder. Nao se pode resistir. A vida e uma coisa, o amor e outra. A vida dura a vida inteira, o amor nao. So um mundo de amor pode durar a vida inteira. E vale-la tambem."


Elogio ao Amor - Miguel Esteves Cardoso




AGAPI*

segunda-feira, 12 de maio de 2008


E de repente deu-me vontade de escrever p ti;)


Já vais perceber que é para ti!


Sinto saudades e falta das nossas parvoagens! assim só porque sim! De chegar todas as manhãs e passar as aulas a conversar! De todas as "novidades" que surgiam dia após dia!


De encontarmos tanta coisa em comum... e de repente... foi crescendo esta nossa amizade, com altos e baixo (como tudo na vida), assim sem darmos por isso fomos ganhando confiança e cumplicidade, assistimos a muito choro e a muita alegria! passamos etápas juntas e mais irémos passar...


Hoje estou sem telemovel... e queria falar contigo, contar, só por contar as minhas coisas, e ouvir as tuas... combinar um café, um almoço, o que seja... reencontrar-te!!


Sinto que temos muito a contar, não sei bem porquê...



Mas estou a aproveitar este nosso blog para "desabafar", já não vinha cá a algum tempo... e sinto que agora está a voltar:)


E isso é bom!!



Bem, mas tudo isto, além de ser só porque sim, é também para dizer que apesar do pequeno afastamento não me eskeço de ti... e sei que não te esqueces de mim:)




Beijinhos******



AGAPI*

Sinto como num sonho... Que se torna às vezes um pesadelo!!

Parece que observo a minha própria vida, de longe... como se dum boneco de marioneta se tratasse!

Se por um lado entendo, por outro lado não entendo o que se passa! ou talvés seja melhor não entender mesmo!!

E continuar!!


Aproveitar todas AQUELAS coisas....

Quando é que isto vai passar?!


AGAPI*

sábado, 10 de maio de 2008

Se gritar fosse a solução, eu estaria rouca... as lágrimas escorreriam pela face traçando caminhos próprios, enfrentando as suas próprias curvas, para terminar em algo como as costas de uma mão cansada de tanto as limpar.
Mas respiro fundo... tento uma vez só que seja na vida, ser racional... não, não iria adiantar, não solucionaria nada. Sou mais um dos espantalhos da vida e do mundo, que fingem viver com o objectivo de acrescentar algo à vida ou à humanidade, mas apenas acrescentam dias em branco à agenda pessoal.
"Quando fôr grande, vou ser...."
Sou grande... e o que sou? Nada!
18 Março 2008
Papillio

domingo, 4 de maio de 2008


My Blueberry Nights


Entro na sala de cinema...como se estivesse sozinha (não me peçam para explicar sequer o porquê disso...), o filme era algo que esperava ver à alguns dias...expectativas? Há sempre algumas...


O filme passa, como em qualquer outro ecrã de cinema, sinto que me identifico com tudo e com nada, quero poder dizer que passei por aquilo, mas quem sou eu??? Quero dizer que partimos e chegamos sempre ao mesmo ponto... mas penso (o que mais faço na vida...)e vejo que isso só se enquadra a algumas pessoas...


Poderia falar do filme, talvez fosse até o mais significativo, mas prefiro falar do que aprendi...


Constatei várias coisas...talvez o mais importante para referir num blog, que não sei ao certo quantas pessoas leêm, é que cada um de nós é realmente único... e que no fundo, voltamos sempre ao nosso ponto de partida, seja ele qual for, e sejam lá quais forem as mudanças por que passámos...


Há um passado e um presente... o futuro? Esse virá um dia, através do presente que construímos dia após dia... Não adianta forçar o que não está no destino...


Assisto ao filme, aprendo lições de vida, que indirectamente já sei... saio da sala e ouço os comentários...e aí sim entra a parte assustadora... não falam das mensagens transmitidas em cada cena, em cada vivência, em cada respiração dos actores...limitam-se a elogiá-los por serem conhecidos (uauuu, uma delas é a cantora.....), que tinham por obrigação fazer um bom filme...obrigação???


Recomendo o filme...não pelos actores, não pela história, não pela banda sonora...mas simplesmente por algo que sempre regeu a minha vida... as entrelinhas do que é dito... as mensagens subjacentes, que quando se entra numa sala de cinema, deixa de se ler, apenas por estar a ver o que o ecrã nos mostra...



3 de Maio de 2008



Papillio




quinta-feira, 1 de maio de 2008

"O passado reflecte-se eternamente entre dois espelhos - o espelho luminoso de palavras e acções, e o escuro, repleto de coisas que não fizemos ou dissemos."
by Gregory Roberts,
in Shantaram
1 de Maio de 2008
Papillio