quinta-feira, 19 de outubro de 2006


" E a vida é mesmo assim, feita de imprevistos e contratempos, de sorte e de azar. Umas coisas escolhemos alterar, outras deixamos permanecer imóveis, sustentadas como marionetas, presas pelos finos fios invisíveis cujas mãos do Criador habilmente controlam. E são as coisas pequeninas que importam e as que não podem ser mudadas. O que é grande ou não é totalmente subjectivo, pois muitas coisas, tal como as estrelas, podem ser ínfimas à vista mas enormes ao perto e no coração. O amor é a única grandeza que não admite medidas, pois quando se revela revela-se num todo completo. É algo certo e seguro. Quem ama não tem dúvidas e é isso que leva homens a construírem pontes, a elevar monumentos e a derrubar fronteiras, mesmo sem conseguirem expressar verbalmente a grandiosidade desse amor.
(...)
O tempo que cada um leva a aprender a ler nas entrelinhas é relativo, mas pouco importa, porque no fim não só a espera compensa como quem ama de verdade aguarda o momento certo e esquece mesmo as horas e os minutos. "
by Diana Mendonça e David Marle,
in Espero por ti em Paris
Porque um dia alguém me disse que jamais conseguiria ler as "minhas" entrelinhas, como eu própria sempre fiz aos outros ... porque esse mesmo alguém, não soube ver que o tempo para o aprender é relativo e que depende apenas do amor verdadeiro ... pois só com ele a impaciência da espera das horas e dos minutos para ler o que não foi escrito, e ouvir o que não foi dito se dissipa ...
Para esse alguém, apenas digo que não era o dia ... não era a hora ...
19 Outubro 2006
Papillio

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