domingo, 30 de julho de 2006


" A dor não era raiva, era mágoa. Uma mágoa com dedos que por vezes lhe comprimiam a alma, criando uma dor que se espalhava do peito para os ombros, os joelhos, os pés. Outras vezes, a mágoa era um oceano, amplo, profundo e vasto, e ele um nadador solitário, a afogar-se, sem esperança de chegar a terra."

in Mil Amanhãs, de Karen Kingsbury



Não consigo racionalizar o que sinto, talvez seja mais prático pegar em citações e dizer que se enquadram perfeitamente ... será a magoa que me acompanha? Não sei responder ao certo a isso, sei que me identifico com várias passagens desta citação, ao lê-la, penso em ti e questiono em que errei tanto para tal distanciamento, distanciamento esse, que me faz sentir tal como o nadador solitário que perde a esperança de chegar a terra ... porque essa esperança residia na tua ajuda, na tua companhia, mas acima de tudo, apenas na tua presença...

Gostava que um dia lesses isto, talvez percebesses um pouco da importância que te dou, talvez também tu mergulhasses nesse mesmo oceano em que me encontro ... desculpa ... não sei o quê, porque não sei o que fiz, mas sei o que representas para mim e choro por não representar o mesmo para ti ...

Para ti ... mil amanhãs
....



30 de Julho de 2006


Papillio


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